“Os contos do não-tempo são a recordação da terra onde assentamos os passos. Apesar de firme, exige renovação, é o contrário do que estaria garantido. Revela-se no discurso quase imediato, mas também na fantasia que desloca as personagens. (…) A linguagem apresenta grande diversidade. Os textos nascem de oposições: «vida-morte», «perene-efémero», «razão-emoção», «novo-velho». São quase seiscentistas. O conteúdo tem influências de correntes filosóficas do século XX. No entanto, o propósito, desde o início, foi o de incidir sobre as diferenças”.